14 de março de 2012

O Porto de Belém é parte de nossa história.

          A Companhia Docas do Pará administra o porto da cidade há tanto tempo que se perde na memória. Os galpões, guindastes e trabalhadores ficaram velhos e foram substituídos por outros homens e equipamentos mais modernos como os containeres fechados que acomodam outro tipo de mercadoria, muito diferente de um século atrás.
     O comércio mundial se modernizou, os navios estão maiores, as cargas têm mais pressa em chegar, a economia paraense diversificou e hoje exporta madeira trabalhada em móveis, trigo, cimento, 50% de cargas adequadas em containeres,  
     E justamente quando a CDP quer introduzir melhorias nos galpões 11 e 12 dando espaço para maior movimento de cargas  ampliando seu processo de embarque e desembarque, eis que surge o secretário de cultura  Paulo Chaves, que vem capitaneando outras forças políticas, não se sabe sob qual intenção, para  “melar” o novo projeto.
     A fim de esclarecer à sociedade e mostrar quem tem razão nessa história, solicitei,  como membro da Comissão de Transportes da Assembléia Legislativa, que os deputados façam uma diligência junto à CDP, acompanhados de empresários da FIEPA  e FAEPA que  têm interesse direto no porto. 
     Pretendemos com isso dirimir dúvidas sobre a importância histórica dos galpões, a solução do transportes de veículos pesados até o Porto, a importância da modernização do porto para aquecer a economia do setor que emprega mais de mil servidores e tantas  outras questões que ainda não estão bem esclarecidas.
     A priori quero dizer que sou totalmente favorável às mudanças de modernização dos galpões 11 e 12. Também sou favorável à criação da nova via  que vai ligar a Pedro Álvares Cabral através de uma ponte sobre o canal da Doca que vai dar uma nova dinâmica àquele corredor de tráfego. Hoje, o porto de Vila do Conde responde por 75% do movimento de cargas; o de Belém, 15% e o Santarém, 10%. Com essas mudanças, o porto de Belém terá movimento maior podendo receber navios de 200 metros com capacidade para 60 tonelada ou pouco mais.
     Para se avaliar em termos econômicos, a CDP gera, com o porto, riqueza de 900 milhões de reais por ano sendo que 40% desse dinheiro fica para o estado em forma de impostos e contribuições. Por isso, vamos reunir todas as forças interessadas em investir na modernização o porto e mantê-lo lá, gerando emprego, renda, e mantendo viva a história do Pará como região estratégica para o Brasil se relacionar com o mundo.

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